13/05/09
Os esforços do governo e de entidades setoriais brasileiras para reduzir o uso do software pirata vêm surtindo efeitos. O 6º Estudo Anual Global de Pirataria de Software, apresentado nesta terça-feira, 12, pela Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) e pela Business Software Alliance (BSA) mostra que o índice de pirataria no país caiu um ponto no último ano, ficando em 58%. A taxa é a menor entre os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e a segunda menor da América Latina, atrás apenas da Colômbia.
O estudo, conduzido pela IDC, contempla indicadores de pirataria em mais de 100 países. A taxa mundial subiu de 38% para 41% em um ano e as perdas provocadas por software ilegal ultrapassaram pela primeira vez a marca dos US$ 50 bilhões. Para cada US$ 100 de software vendido, US$ 69 foram gastos com produtos piratas, segundo o estudo.
No Brasil, o valor monetário de software não licenciado aumentou 1,73% em relação a 2007, alcançando US$ 1,645 bilhão. O país figura na 9ª colocação na lista dos países cuja pirataria de software provoca maior dano financeiro. Para Frank Caramuru, diretor da BSA no Brasil, o principal desafio do país é reduzir a utilização de software pirata em empresas. ”A principal preocupação em nossos esforços para reduzir a pirataria de software no Brasil está nas empresas que adquirem licenças legítimas, mas que utilizam um número de cópias maior do que o contratado.”
O diretor de pesquisas da IDC, John Gantz, nota que a crise econômica tem reflexos distintos sobre a pirataria mundialmente: os consumidores com poder de compra reduzido devem continuar com seus PCs por mais tempo, o que tenderia a aumentar a pirataria já que computadores mais velhos estão mais propensos a ter software sem licença instalado. Por outro lado, há o aumento nas vendas de netbooks mais baratos, que tendem a vir com software legítimo pré-instalado.
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