domingo, 1 de março de 2009

Os netbooks são a bola da vez

01/03/09

Parece realmente ser a era dos netbooks. Em uma matéria especial, a revista Wired resolveu contar a história dos pequenos e leves laptops desde a criação do seu design até o momento de ascensão que vivem hoje com a venda disseminada dos aparelhos.

De acordo com a reportagem, em 2005, Mary Lou Jepsen foi designada para criar uma máquina barata para a “One Laptop per Child”, uma iniciativa dos países desenvolvidos que pretende baratear computadores para promover a inclusão social de crianças do terceiro mundo.

Era essencial que o laptop tivesse Wi-Fi (acesso à web sem fio), uma tela colorida com teclado completo e fosse vendido por algo em torno de US$ 100, para ser comprado em massa pelos governos do chamado terceiro mundo e levados às áreas rurais. E o produto tinha que ser pequeno e feito para rodar com emprego mínimo de energia, já que, segundo Mary Lou, metade das crianças do planeta não tem acesso regular à eletricidade.

Foi aí que a Asustek, sétima fabricante mundial de notebooks, resolveu montar seu próprio netbook com Linux, flash memory e uma tela de 7 polegadas. Não havia drive de DVD nem suporte para programas como o Photoshop, mas tinha capacidade para checagem de e-mails e navegação na internet.

Segundo o texto, o público-alvo da empresa era formado de adultos e crianças que não poderiam pagar US$ 1.000 em computador. Mas o inesperado aconteceu quando as 350 mil unidades colocadas no mercado foram esgotadas em poucos meses. Os computadores não foram comprados por pobres, mas por pessoas de classe média da Europa e dos Estados Unidos.

Essas pessoas desejavam apenas um segundo computador para que elas tivessem acesso ao YouTube ou ao Facebook de qualquer lugar. Logo, marcas como Dell, HP e Lenovo entraram no mercado.

Computação em nuvem

Segundo a Wired, os netbooks são a verdadeira essência da computação em nuvem, já que cada vez mais pessoas estão sendo atraídas para os aparelhos porque eles têm tudo o que é necessário para a maior parte dos usuários dos computadores: acesso à internet.

A matéria afirma que hoje é possível fazer tudo na internet, desde edição de fotos no FotoFlexer até posts no Twitter. Ouvir música também não requer mais a execução de arquivos, você pode encontrá-las na Last.fm.

A Wired conclui que o grande medo da indústria de PCs é que as pessoas passem a gastar US$ 300 e deixem de comprar computadores que custem mais de US$ 1.000. A revista discorda e acredita que os netbooks chegaram apenas para evidenciar quais tipos de computadores pessoais são indicados para diferentes pessoas.

Se o usuário precisa de mais espaço na máquina para salvar arquivos e um processamento de dados forte, deve procurar um laptop, com um bom processador e memória. Porém, se ele é um usuário comum - como a maior parte das pessoas no mundo - um netbook com acesso a internet é realmente só o que ele precisa.

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