sábado, 21 de março de 2009

TSE quer testar biometria em 4 milhões na eleição de 2010

21/03/09

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pretende testar a biometria em 4 milhões de eleitores em 2010. As pessoas devem ser reconhecidas através da biometria, identificação por meio de impressões digitais, nas urnas eletrônicas no pleito que vai eleger o presidente da República e os governadores. A estimativa é do presidente Carlos Ayres Britto.

A biometria já foi testada nas eleições municipais de 2008. Nesse projeto, cerca de 43 mil cidadãos foram autenticados pelo sistema. Três municípios receberam a iniciativa, Fátima do Sul (MS), São João Batista (SC) e Colorado D'Oeste (RO).

O TSE acredita que no prazo de seis a oito a primeira eleição totalmente biométrica será realizada, abrangendo mais de 130 milhões de pessoas. Segundo o tribunal, esse procedimento proporcionará mais segurança no combate a fraudes e menor custo administrativo.

O assunto foi discutido hoje (18) entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do TSE Carlos Ayres Britto e o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo.

Segundo o presidente do TSE, para que a tecnologia seja implantada seria preciso produzir 100 mil urnas eletrônicas biométricas, a partir de 2009, com o custo estimado de R$ 250 milhões.

Ayres Britto disse que ouviu o ministro Paulo Bernardo afirmar que existem dificuldades orçamentárias, mas que o governo está empenhado para realizar o projeto.

Para atingir a meta, segundo Britto, seria necessário produzir, já em 2009, 100 mil urnas eletrônicas biométricas, ao custo estimado de R$ 250 milhões. “O ministro diz que há dificuldades, que o orçamento está experimentando contenção, mas faria o possível para viabilizar esse projeto”, disse Britto.

O presidente também falou com Lula sobre um cartão magnético com chip, que seria um documento de identificação único, que vai unificar vários documentos, como as carteiras de identidade e de motorista, o título de eleitor e o CPF. Assim, o eleitor poderia votar em qualquer cidade, e seria, segundo ele, o início do voto em trânsito.

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